Álcool |
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A palavra álcool origina-se do árabe al-kuhul que significa líquido. |
As bebidas alcoólicas representam as drogas mais antigas das quais se têm conhecimento, por seu simples processo de produção. Obtidas pela fermentação de diversos vegetais, segundo procedimento no início primitivos e depois cada vez mais sofisticados, elas já estavam presentes nas grandes culturas do Oriente Médio e são utilizadas em quase todos os grupos culturais, geralmente relacionadas a momentos festivos. |
Os mais antigos documentos da civilização egípcia descrevem o uso do vinho e da cerveja. A medicina egípcia, respeitada em toda a região mediterrânea, usava essências alcoólicas para uma série de moléstias, enquanto meio embriagador contra dores e como abortivo. O vinho entre os egípcios era bebido em honra à deusa Isis. |
O consumo de cerveja pelos jovens era comum; muitos contos, lendas e canções de amor relatam os seus poderes afrodisíacos. O seu uso social e festivo era bem tolerado, embora, já no Egito, moralistas populares se levantassem contra o seu abuso "por desviar os jovens dos estudos". A embriaguez, no entanto, era tolerada apenas quando decorrente de celebrações religiosas, onde era considerada normal ou mesmo estimulada. |
Na Babilônia 500 a.C., a cerveja era oferta aos deuses. Nas culturas da Mesopotâmia, as bebidas alcoólicas existiram, com certeza, no final do segundo milênio a.C.; aos poucos, a cerveja à base de cereais foi substituída por fermentados à base de tâmaras. A fermentação da uva também é regularmente mencionada. O uso medicinal de produtos alcoólicos é comum. |
O consumo de álcool nas civilizações gregas e romanas é bem conhecido. Ele era utilizado tanto pelo seu valor alimentício, quanto para festividades sociais. Ressaltamos apenas a associação entre o uso do vinho e certas práticas e concepções religiosas representadas pela popular figura do Bacchus. Durante longos períodos, o consumo de vinho era proibido para as mulheres, interdito do qual testemunham também os relatos bíblicos. Lembramos ainda que o vinho é parte integrante de cerimônias católicas e protestantes, bem como no judaísmo, no candomblé e em outras práticas espíritas. |
O consumo de bebidas alcoólicas é amplamente difundido no Brasil, onde se consome mais álcool per capita do que leite. |
Nos anos 20, nos Estados Unidos, houve uma proposta de coibição legal do uso de bebidas alcoólicas chamada Lei Seca. Porém, durou pouquíssimo tempo. O seu fracasso deu-se devido à pressões econômicas que fácil e vitoriosamente se interpuseram, além de que o próprio consumidor encontrou uma forma sutil e prática para alimentar suas necessidades. |
O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). |
As bebidas alcoólicas são elaboradas a partir da fermentação de produtos naturais: vinho (fermentação da uva); cerveja (fermentação de grãos de cereais); outros (fermentação do mel, cana de açúcar, beterraba, mandioca, milho, pimenta, arroz etc.). |
Bebidas alcoólicas destiladas - como cachaça, rum, uísque ou gim - são obtidas através da destilação de bebidas fermentadas. |
Efeitos físicos e psíquico |
● Provoca um efeito desinibidor; |
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● Em caso de uso mais intenso, pode favorecer atitudes impulsivas e, no extremo, levar à perda da consciência chegando-se ao coma alcoólico; |
● Com o aumento do seu uso, diminui a potência sexual; |
● O uso crônico de doses elevadas leva ao desenvolvimento de dependência física e tolerância; |
● Em caso de supressão abrupta do consumo, pode-se desencadear a síndrome da abstinência caracterizada por confusão mental, visões assustadoras, ansiedade, tremores, desregulação da temperatura corporal e convulsões. Dependendo da gravidade dos sintomas, pode levar à morte; |
"Delirium tremens": quadro de abstinência completamente instalado (estado de consciência turvo e vivência de alucinações, principalmente táteis). |
Nomes populares: |
Birita, mel, mé, pinga, goró, cana, loirinha. |